Outro dia, ouvi essa entrevista no rádio com um artista (infelizmente não lembro quem era) contando os três critérios que leva em consideração para decidir se aceita ou recusa propostas de trabalho:
1. Se paga bem
2. Se tenho vontade
3. Se as pessoas envolvidas são minhas amigas
Se pelo menos dois desses três requisitos forem cumpridos, temos um “sim” garantido. Porém, se apenas um, qualquer um deles, for cumprido e os outros dois não, a oferta é gentilmente recusada.
Ou seja,
Paga bem, mas nem é algo que curto fazer nem gosto das pessoas = Não, obrigado.
Meus amigos me convidam para um projeto deles com o qual não me identifico, mas, por sermos amigos, esperam que eu dê essa força sem nenhuma contrapartida = Valeu, mas acho que tem outras pessoas nesse mundão que poderiam contribuir melhor nesse projeto do que eu.
Não pode faltar o combo clássico do “Divulgar o seu trabalho”, em que pessoas que você não conhece tiram proveito das suas habilidades, sonhos e força de vontade sem oferecer nada concreto em troca, isso quando não lhe fazem “investir” nisso = Prefiro não.
Por outro lado,
Se seus amigos te chamam pra fazer um som massa, não tem dinheiro que pague.
Quanto a fazer algo não tão estimulante, muitas vezes é o apoio dos amigos e um bom cachê o que compensa o aborrecimento.
E, finalmente, se o trabalho além de bem remunerado também e é divertido, não temos porque não ser amigos, não é mesmo?
"Dizer não pode ser a melhor forma de cuidar de si próprio" - Claudia Black
Ligando os pontos
Artistas caminham o tempo todo sobre a linha tênue entre paixão e sobrevivência. Mas essa não é uma linha que separa as duas coisas, e sim que as une. É só imaginar uma linha pontilhada, ao invés de constante. E com intervalos irregulares entre cada traço. Se reparar bem, dá até pra notar que ela é meio torta.
Trabalhar por amor é maravilhoso, desde que haja “muito amor (próprio) envolvido” também.
A arte de dizer não
O Braincast tem um episódio inteiro sobre isso.
Jabá da semana
- Acabou de sair o clipe de Let’s Burn, com Luiza Nobel e Nego Gallo.
- Menino velho é o novo single do Zéis.
- Após uns bons anos, eis que a Fóssil de repente lança um álbum novo.
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