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Aqui em casa tem sempre uns livros ainda lacrados pelos cantos, coisa que eu costumava atribuir ao descompasso entre meu consumismo literário e ritmo de leitura, que não são exatamente, digamos, compatíveis. Só recentemente aprendi que, de tão comum, existe uma palavra em japonês para isso. Tsundoku - 積ん読 - se refere a essa prática de colecionar livros não lidos.

O que diferencia o tsundoku da bibliomania, que é o simples desejo de possuir objetos de leitura, é a intenção de realmente lê-los. Embora a palavra também seja usada para designar o hábito de adiar tarefas, manter várias abas abertas ao mesmo tempo e coisas encalhadas em geral, minha interpretação favorita é a de ter algo por perto nos lembrando que sempre há mais o que conhecer, aprender, descobrir. Cultivar essa perspectiva.

 

"Nada é mais importante do que uma biblioteca não lida" - John Waters
 


Pálida selfie azul
Em 1994, Carl Sagan apresentou essa imagem numa palestra.

 






























“Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um sobre quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram as suas vidas. O conjunto da nossa alegria e nosso sofrimento, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas confiantes, cada caçador e coletor, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e camponês, cada jovem casal de namorados, cada mãe e pai, criança cheia de esperança, inventor e explorador, cada professor de ética, cada político corrupto, cada ‘superestrela’, cada ‘líder supremo’, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali - em um grão de pó suspenso num raio de sol”.

A foto foi tirada pela Voyager 1 a seis bilhões de quilômetros da Terra. Foi somente após completar a missão principal e, a pedido do astrônomo, que a NASA virou a câmera da sonda e tirou essa “selfie”. Se de um lado da câmera somos “um grande salto para a humanidade”, basta inverter a perspectiva e somos menores que um pixel. O vídeo (legendado) dessa fala é algo pra se rever de tempos em tempos.


Remoto controle
Nessa conversa entre Adriana Calcanhotto e Leandro Karnal, eles discutem, entre várias outras coisas, sobre o potencial da música como “signo aberto”, capaz de afetar tanto quem “saca as referências” quanto quem não as tem. Ela mesma admite como é importante sentir que não entende tudo sobre música, pois seu próprio processo de composição, mesmo com toda a bagagem cultural que ela tem, vem muito da curiosidade e da busca.

 

"Não estou em busca da correção, mas sim da expressão"
- Guilherme Kastrup
 


Nova temporada
Passei um tempo sem enviar a newsletter porque decidi fazer uma pausa a cada 10 edições pra dar aquela recarregada, sabe como é. Então já fui, já voltei e semana que vem tem mais :)

 

"Não existe nota errada, você que não acreditou" - João Donato
 


Jabá da semana
- Campanha de financiamento do próximo álbum do Mateus Fazeno Rock.

- O Café Couture é um dos lugares mais massa de Fortaleza e tá precisando de apoio nesses momentos pandêmicos complicados.

 
Caio Castelo toca, escreve e produz
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