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newsletter#19 anota aí

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Uma ideia incrível pode surgir a qualquer momento. Algumas desencadeiam uma verdadeira catarse, enquanto outras levam bastante tempo até se combinarem com outras e enfim formarem algo: um quebra-cabeça no escuro, como define Nando Reis.

Acredito bastante em sentar e trabalhar para manter o caminho aberto às ideias novas, ao invés de simplesmente andar por aí à espera de coincidências felizes. Porém, assim como em muitos desses momentos de dedicação pode não surgir nada que se aproveite, também não é incomum uma lâmpada acender de repente sobre a cabeça em ocasiões nada convenientes.

 

"Se você não anotou, isso não aconteceu" - Joni Mitchell
 


Por isso, muitos artistas levam bloquinho, gravador, câmera e aplicativos de todo tipo registrando o que lhes ocorre de interessante antes que essa lâmpada apague e eles esqueçam. Outros, como Stephen King, pagam pra ver quanto tempo ela aguenta acesa sem queimar. Segundo ele, “uma boa ideia fica na sua cabeça até que você faça uso dela”.

Fela Kuti parece ter levado essa filosofia bem a sério, como conta Derek Sivers no livro Hell Yeah or No: enquanto a maioria de nós costuma gravar as músicas e só depois tocar ao vivo nos shows e turnês, o músico nigeriano fazia o oposto, tocando apenas inéditas nos shows. Uma vez gravadas, as músicas não seriam mais apresentadas ao vivo. O disco se torna, portanto, o fim da vida dessas músicas, ao invés de um começo.

Paul Mcartney conta nessa entrevista que, nos anos 60, era impossível gravar uma ideia musical em casa assim que ela aparecia, o que obrigava ele e Lennon (e todos os compositores da época sem conhecimento de notação musical) a aliar memória e imaginação, criando maneiras de assimilar essas melodias e ritmos até poder registrá-los de alguma forma depois, o que obviamente nem sempre funcionava.

 


Além desses poucos exemplos, existem muitos outros, inclusive o meu e o seu e como eles se transformam com a gente. Então independentemente da filosofia ou método adotado, bom mesmo é ter consciência de como funciona sua própria arqueologia de ideias. Só pra garantir que vai saber em quais gavetas procurar as lâmpadas que acendem, quando precisar.


Andar pelas galáxias
Não acredito que levei tanto tempo pra saber da existência dessa entrevista massa do Rodrigo Amarante, ainda da época do Cavalo.

 
Caio Castelo toca, escreve e produz
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