Reflexão para o fim de ano
Enfeite de Ano-Novo
marco na jornada
para a terra dos mortos
alegre ou triste
ao mesmo tempo
Neste poema o monge zen Ikkyu (1394-1481) afirma que todos os seres humanos são viajantes numa "jornada para a terra dos mortos". Com certeza, a vida é uma viagem ao mundo que virá depois da morte. Cada dia que vivemos nos aproxima desse mundo. Parar todos os relógios não deteria nosso progresso nessa direção. Essa é a dura realidade que todos compartilham. Ninguém entraria voluntariamente num avião se soubesse que iria cair, no entanto, desde o dia do nosso nascimento, cada um de nós é um passageiro desse voo condenado. (p.104)
Ganhar a felicidade eterna ou sofrer para sempre é algo determinado no momento presente.

No dia 31 de dezembro, um segundo depois de 23h59'59" é 0h00'00''. Neste mesmo instante, o 31 se transforma em 1, dezembro dá lugar a janeiro e um ano gera o outro. Da mesma forma, esta vida se transforma em outro no espaço de um instante. Por isso é que a pós-vida está contida dentro do "agora" desta inalação e desta exalação.
Portanto, a mente escura referente à vida depois da morte não deve ser tomada como ignorância de um evento que ainda está a meio século. É a mente da ignorância referente ao agora, a este exato momento - ao eu presente. A mente escura é precisamente o que esconde o eu presente de nós mesmos. (p.219)

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