Neste poema o monge zen Ikkyu (1394-1481) afirma que todos os seres humanos são viajantes numa "jornada para a terra dos mortos". Com certeza, a vida é uma viagem ao mundo que virá depois da morte. Cada dia que vivemos nos aproxima desse mundo. Parar todos os relógios não deteria nosso progresso nessa direção. Essa é a dura realidade que todos compartilham. Ninguém entraria voluntariamente num avião se soubesse que iria cair, no entanto, desde o dia do nosso nascimento, cada um de nós é um passageiro desse voo condenado. (p.104)
|